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5 características dos profissionais que podem ficar sem emprego

Estamos vivendo uma pandemia causada pelo Covid-19 e que traz fortes impactos na economia. Ainda não é possível dimensionar o tamanho desses impactos nos postos de trabalho, mas levando em consideração que os especialistas apontam que essa deverá ser a maior crise econômica desde a segunda guerra mundial, podemos prever que muitas empresas irão reavaliar suas estruturas a fim de otimizar seus quadros profissionais.


Essa análise, pode fazer com que algumas pessoas tenham mais dificuldades em progredir na carreira e em casos extremos até fiquem sem os seus empregos.

Porém, mesmo em meio a uma forte retração econômica com grande impacto nas empresas, existem aqueles profissionais que se destacarão e irão crescer profissionalmente e aqueles que talvez percam relevância em suas posições. Para evitar que você esteja entre o grupo dos que podem perder suas posições eu listei 5 características negativas que mais impactam na avaliação negativa de um profissional, na perspectiva dos líderes. Veja:


1 – Falta de flexibilidade

A primeira característica dos profissionais que podem ver suas posições ameaçadas durante a crise do Coronavírus é a falta de flexibilidade.


Uma das principais característica das empresas de sucesso é a sua cultura de inovação, que pressupõe muitos testes, ajustes e melhoria contínua e toda melhoria precisa de mudanças.


Em períodos de crise, essas mudanças tendem a ocorrer com mais frequência e em maior intensidade.


Portanto, profissionais que não são abertos à mudança e a inovação, são os que mais sofrem para se adaptar a novos processos, estratégias e diretrizes da empresa, sendo visto muitas vezes por seus líderes como profissionais que não são mais relevantes no dia a dia da organização.

O que fazer: Se você tem dificuldade de lidar com mudanças e se considera um profissional pouco flexível, é importante compreender que existem novas formas de trabalho e novas estruturas organizacionais que embora não sejam familiares para você, estão funcionando em várias equipes e empresas.


Uma dica é estudar as metodologias ágeis como forma de otimizar seu trabalho.

Você também deve conhecer novas profissões, que muitas vezes são competências que você já possui com a soma de novas competências. Por exemplo, se você é um profissional de marketing, pode evoluir para growth hack, se você é um profissional de relacionamento pode qualificar-se para área de customer success, assim como um profissional de design, pode se preparar para ser um profissional de user experience e assim por diante.


É fundamental, que o seu mapa de habilidades esteja compatível com as mais modernas estruturas organizacionais, dessa forma você não só se mantém sempre relevante dentro da organização, como pode ser tornar um líder, dentro dessas transições.

2 – Falta de conhecimento

Essa característica costuma andar de mandar de mãos dadas com a citada anteriormente. A maioria dos profissionais resistentes à mudança são aqueles que possuem pouco conhecimento, pois o conhecimento é o primeiro gatilho de transformação de um profissional. É o conhecimento que ativa o desconforto e provoca sua evolução profissional.


Por isso, para os líderes, é muito difícil apostar em profissionais que não investem em novos conhecimentos para lidar com um mercado cada vez mais complexo.


Existem inúmeras formas de adquirir conhecimento, são vários formatos que estão disponíveis com custos para todos os bolsos, além de uma oferta enorme conteúdos gratuitos, portanto, hoje em dia, só não aprende algo novo quem não quer! Sim, a verdade precisa ser dita, se você quiser, você pode aprender algo novo gratuitamente quando quiser, como forma de ampliar seu repertório e não ficar com o conhecimento defasado perante aos seus pares e líderes.

O que fazer: A resposta é óbvia, começar a estudar. Agora, se isso não é tão simples para você, vale a pena pensar em como você pode fazer isso. Reflita sobre qual formato se encaixa melhor, ler um livro, assistir um vídeo, ouvir um podcast, participar presencialmente de um evento, a forma de aprendizado é muito individual e está ligada ao desenvolvimento cognitivo de cada pessoa, portanto, busque o formato que se encaixa melhor para você e faça do processo de aprendizado um micro-hábito, não se preocupe em ler um livro por semana, ou maratonar as diversas lives que estão disponíveis durante a quarentena decorrente do Coronavírus. O caminho para que você amplie seu conhecimento é fazer um pouco e sempre, por exemplo: você pode ler 5 páginas de um livro por dia, ou assistir um vídeo de 10 minutos ou se preferir ouvir 10 minutos de algum podcast.


Existem estudos que mostram que definir uma meta pouco viável é a maior razão para você não inserir um novo hábito na sua rotina. Por isso, crie metas ridiculamente pequenas, mas que você consiga repeti-la faça chuva ou faça sol, todos os dias da sua vida, incluindo finais de semana. No longo prazo, isso será transformador, veja:


5 páginas de livro por dia, são 1.825 páginas lidas ao longo de um ano, isso dá um média 6 livros por ano.


10 minutos de vídeo aula diariamente, significam mais de 60 horas de conteúdo por ano, o que também poderia ser atingido ouvindo podcast.


Essas doses de conteúdos já irão te ajudar a melhorar muito e claro, só dependerá de você aumentar a intensidade do aprendizado ao longo do tempo.

3 – Falta de ambição

Talvez essa característica seja o fio condutor que conecta todas as outras competências. A palavra ambição, nem sempre soa positivamente. É muito comum associarmos pessoas ambiciosas, com profissionais que querem o sucesso a qualquer custo, gananciosos etc.


Mas a ambição nada mais é do que o desejo de conquistar algo. E profissionais que não desejam mudar, melhorar, realizar seus sonhos, crescer, não terão grandes conquistas, simplesmente porque não querem.


Infelizmente, as empresas ainda estão repletas de profissionais que não ambicionam nenhuma evolução. Estão acomodados, as vezes até insatisfeitos com suas posições e remunerações, mas não possuem aquele forte desejo de mudar essa situação.


Esses profissionais, correm forte risco de perderem seus empregos nesse momento em que cada empresa precisará que seus profissionais deem o seu melhor para ajudar a empresa a superar esse momento de crise.


O que fazer: muitas vezes a falta de ambição profissional está ligada a falta de significado do trabalho. A boa notícia é que cada profissional é o responsável por trazer significado ao seu trabalho. A nossa carreira pode nos realizar por si só e é perfeito quando isso acontece, mas muitas vezes o nosso trabalho é a ponte que vai nos conectar aos nossos sonhos, seja uma viagem, uma nova casa, um novo carro, o que fizer sentido para cada um. Conectando essas conquistas com a sua performance profissional, será possível trazer significado para o dia a dia. Desta forma, toda e qualquer tarefa ou desafio, significa um passo em direção ao seu objetivo.

4 – Falta de compromisso com resultados

Esse é o calcanhar de Aquiles de muitos profissionais e a situação atual pode evidenciar a ausência de compromisso com resultados. Esse é aquele profissional que faz tudo direitinho, mas não entrega os resultados, sabe?


Na verdade, todos nós já passamos pela situação de fazer algo muito bem feito, mas não atingir os resultados que desejamos, mas existem profissionais que acabam tendo essa característica como uma marca negativa em sua trajetória.


Em um momento em que as empresas precisarão otimizar suas operações e potencializar seus resultados, aqueles profissionais que não conseguem produzir resultados podem perder suas posições.


O que fazer: Não existe fórmula pronta para o sucesso, mas se tem algo que pode ajudar é focar no resultado em detrimento aos detalhes e perfeccionismo. Não é hora de colorir muito o Powerpoint ou perder horas ajustando as linhas da tabela do Excel, é hora de se aproximar dos clientes ou das áreas que estão em contato com o cliente e ajudar a empresa a construir resultados. Subir a régua de atividades e tarefas e assumir o compromisso de executá-las com foco no resultado que aquelas ações precisam gerar.

Por exemplo, quando um líder pede para você fazer um contato com um cliente ou fornecedor para renegociar um contrato, existem dois profissionais, aquele que responde:


1 – Eu fiz o contato e renegociei como foi solicitado. (Correto)

2 – Eu mandei um e-mail, mas ainda não tive retorno. (Errado)


Entendeu a diferença dos profissionais que têm orientação para resultado? Agora é hora de fazer a diferença.

5 – Falta de capacidade de autogestão.

O home office forçado que muitos trabalhadores estão tendo que fazer durante a quarentena, tem evidenciado profissionais que não possuem a capacidade de se autogerir e isso pode ser um risco para esse profissional dentro das empresas.


Os líderes mais modernos estão trocando uma estrutura de gestão baseada em comando e controle, por uma cultura focada no propósito, comprometimento e autonomia, mas infelizmente muitos profissionais ainda dependem de lideranças que estabeleçam uma lista de atividades e as cobrem de tempos em tempos sobre o andamento das ações.


Com os líderes cada vez mais concentrados em encontrar soluções para a sobrevivência da empresa, os profissionais mais dependentes podem sofrer com o enxugamento das organizações, uma vez que os líderes devem privilegiar e permanência de profissionais mais autônomos e empreendedores.


O que fazer: todo profissional deve ser um intraempreendedor dentro das organizações, entender o que a empresa espera dele e assumir a gestão de suas rotinas e tarefas, além de garantir os resultados esperados, como falado no tópico anterior.

Para isso, é importante desenvolver um mindset empreendedor, percebendo-se como uma espécie de prestador de serviços dentro da empresa. A relação profissional, nada mais é do que a contratação de um serviço por parte da empresa, como uma remuneração previamente combinada e com prazo de encerramento indeterminado. Agora faço uma pergunta, quando você contrata um serviço, o que você espera do prestador de serviço?


Já pensou se você tivesse que ligar para algum professor seu para lembrá-lo que hoje você tem aula ou que ele precisa preparar a aula que irá ministrar? O fato é que as relações profissionais, pressupõem alguns indicadores e padrões de qualidade, que estão intrínsecas as atividades e não deveriam/precisariam ser apontados por um líder para que um profissional as cumprisse.


Se você compreender isso, será capaz de gerenciar suas atividades e contribuir de maneira mais eficiente para o desenvolvimento da empresa.

Esses são os 5 principais pontos que podem afetar os profissionais durante a quarentena, se você se viu em algum desses pontos, aproveite as dicas para se desenvolver rapidamente e manter sua relevância profissional.

Até a próxima.

 

Por: Leandro Diniz.

CEO Hub Education.

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