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A diversidade e inclusão nos novos modelos de negócios

Atualizado: 31 de mar. de 2020

É nítido que, nos últimos anos, o mundo abriu espaço para desestruturar o paradigma enraizado de que existem padrões de perfis pessoais, já que com a evolução humana ficou claro que as pessoas em suas individualidades possuem culturas, criações e até mesmo diferenças biológicas e, por conta disso, devemos desconstruir ideais já solidificados sobre pensamentos preconceituosos.


É com essa compreensão que as organizações começaram a se abrir para esse cenário, já que, ao contrário do que se pensava, as dissemelhanças entre as pessoas são extremamente importantes para os negócios, uma vez que indivíduos diferentes possuem pensamentos diferentes e isso acarreta a novas perspectivas.


Portanto, a inclusão vem aos poucos se introduzindo nas empresas e começa pelo setor de RH, porta de entrada para novos perfis de colaboradores, surgindo também a necessidade de novos métodos de processos de recrutamento, pois os tradicionais muitas vezes viabilizam os colaboradores de uma forma que não há espaços para a inclusão.


No intuito de sair dessa linha, algumas empresas estão aderindo a métodos de avaliação que não envolvam a análise de informações sobre a formação, experiência, idade e sexo,

apenas avaliando as habilidades adequadas ao cargo em aberto.


Um exemplo disso é a 3M que, em 2018, aderiu ao “processo às cegas” para vagas de Trainee, com intuito de ampliar a diversidade dentro do quadro de funcionários. Naiara Silva é especialista de Employment Brand para América Latina na empresa, em um bate-papo com ela foi possível entender a importância desse tipo de abertura para os interessados na vaga, já que eles se sentem muito mais à vontade para demonstrar seus potenciais sem a influência de suas particularidades.



Naiara Silva (Especialista de Employment Brand para América Latina na 3M)
“Avaliamos muito mais a bagagem trazida por cada candidato e aspectos comportamentais que hoje são fundamentais para trazer resultados e fazer a diferença dentro da companhia.” — Naiara Silva.




Dessa forma, foi necessário fazer uma avaliação online e semi anônima, para depois que, confirmada as habilidades dos candidatos às vagas referentes, fosse realizada a entrevista final com os gestores e apenas, nesse momento, as características eram reveladas.



“Tivemos um processo muito mais diverso, com bagagens e experiências acima das expectativas. Os gestores também se engajaram na causa e viram o diferencial trazido pelo processo.” — Naiara Silva.


Naiara afirma também que o projeto trouxe ótimos feedbacks para a empresa e que incluir pessoas diversas traz ganhos não só em relação a projetos mais robustos, com approaches diferenciados, mas também aumenta a produtividade uma vez que você inclui e engaja iniciativas que antes não eram consideradas.


A consultoria McKinsey&Company mostra também no seu estudo “A diversidade como alavanca de performance”, divulgado em janeiro de 2018, que a diversidade e inclusão refletem em um maior aproveitamento de ideias, o que gera maiores resultados.


Portanto, é ideal que as corporações entendam a necessidade dessa nova forma de se posicionar sobre as diferenças, uma vez que elas já não são divergentes e sim essenciais.



 

Texto por: Júlia Brito — Hub Education.

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